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terça-feira, 7 de outubro de 2025

Pré-hipertensão passa a ser 12 por 8 e acende alerta ao estilo de vida amazônico

Por: Cleber Sena - 07/10/2025






Comidas salgadas, calor intenso e sedentarismo estão entre os fatores que aumentam os riscos à saúde na região


A decisão da Sociedade Brasileira de Cardiologia de classificar a pressão de 12 por 8 como pré-hipertensão acende um alerta importante para a população amazônica. Na região, hábitos alimentares marcados pelo excesso de sal, o clima quente e o sedentarismo urbano criam um cenário de maior vulnerabilidade para doenças cardiovasculares.


Em Rondônia, esse alerta já se traduz em números. De acordo com o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), 175.678 pessoas vivem com hipertensão no estado. Entre 2021 e 2024, a condição esteve relacionada a 1.772 mortes, confirmando a necessidade de atenção a prevenção.


Antes, quando a pressão ficava entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 (120-139 mmHg sistólica e/ou 80-89 mmHg diastólica), o resultado era considerado apenas limítrofe, próximo do normal. Com a nova diretriz, esses valores passam a ser enquadrados como pré-hipertensão. Na prática, isso significa que, em vez de apenas acompanhar a evolução do paciente, os médicos devem orientar mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, avaliar o início de tratamento preventivo com medicação.



Para o médico de família e comunidade Evandro Rios Soté, coordenador do curso de medicina da FAMEJIPA, a alteração representa um avanço. “A nova classificação que considera 12 por 8 como pré-hipertensão permite identificar riscos mais cedo. Antes, muitos pacientes eram considerados normotensos e só recebiam acompanhamento quando a pressão já estava elevada. Agora, conseguimos intervir precocemente, principalmente com orientações de estilo de vida, reduzindo a evolução para hipertensão e complicações como infarto e AVC”, destaca.



conciliar trabalho e casa, muitas vezes limita os cuidados pessoais. Em gestantes, a pressão alta pode levar à pré-eclâmpsia, com riscos para mãe e bebê”, alerta.



Já o diagnóstico precoce é consenso entre os especialistas. “Quanto mais rápido eu diagnostico o paciente, mesmo que ele só apresente fatores de risco, maiores são as chances de evitar a evolução para hipertensão. E, nos pacientes já hipertensos, o controle reduz complicações graves como AVC, infarto e insuficiência renal”, ressalta Mendes.



Mesmo com as mudanças, a prevenção continua sendo a melhor forma de combate. Priorizar água no lugar de refrigerantes, incluir frutas e verduras amazônicas e manter uma rotina simples de atividade física são medidas que fazem diferença no controle da pressão arterial.



"Substituir o sal comum pelo sal integral, trocar óleos refinados por óleo de coco ou banha bovina e valorizar temperos naturais da região em vez dos industrializados são escolhas simples e eficazes. Somado a isso, evitar o tabaco e reduzir o consumo de álcool são medidas fundamentais. E é essencial acompanhar a pressão regularmente, mesmo sem sintomas, utilizando aparelhos validados em casa ou nas unidades de saúde”, reforça Soté.


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