Por: Cleber Sena - 19/10/2025
Especialista explica em que situações o uso de descongestionantes nasais vira motivo de preocupação
Seja por gripe ou por reações alérgicas relacionadas à rinite ou sinusite, a congestão nasal faz parte da rotina de muitos brasileiros. Em busca de uma solução prática para esse incômodo no nariz, muitas pessoas recorrem aos descongestionantes nasais e tendem a utilizá-los de forma negligente, o que levanta discussões sobre os riscos, entre eles, a possibilidade de dependência. Afinal, isso é mito ou verdade?
A farmacêutica e professora do IDOMED, Maria Simone Mignoni, afirma que sim, o vício atrelado aos descongestionantes nasais é um fato. No entanto, não se trata de uma dependência química, como a que costuma ocorrer com drogas que atuam no sistema nervoso central, mas sim de uma dependência psicológica. “Os descongestionantes nasais são vasoconstritores que reduzem a coriza ao contrair os vasos sanguíneos da mucosa. Porém, quando o efeito passa, ocorre uma dilatação dos vasos e a congestão volta ainda mais forte. O uso por mais de três dias pode causar dependência, fazendo o paciente sentir medo de ficar sem o medicamento e dificuldade para respirar”, explica Maria Simone.
Risco de dependência.
A umidificação adequada do ambiente e a ingestão regular de líquidos também são medidas não medicamentosas eficazes. Além disso, o paciente pode fazer uso de antialérgicos ou de alguns medicamentos tópicos intranasais, sempre sob prescrição médica.
Mais do que combater o sintoma, é fundamental entender a causa da obstrução nasal e tratá-la com responsabilidade. Em vez de se tornar refém de soluções rápidas, o ideal é adotar hábitos saudáveis, buscar orientação médica e investir em alternativas seguras. Afinal, cuidar da saúde nasal é também cuidar da qualidade de vida. E nada melhor do que respirar fundo — livremente, sem dependências.
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