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quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Homens ainda evitam cuidar da saúde e vivem menos que as mulheres no Brasil

Por: Cleber Sena - 21/08/2025






Mesmo com campanhas como o Agosto Azul, exames preventivos ainda não fazem parte da rotina da maioria dos homens


Agosto, tradicionalmente lembrado pelo Dia dos Pais, também convida à reflexão sobre os cuidados com a saúde masculina. Embora campanhas como o Agosto Azul busquem ampliar a conscientização, muitos homens seguem resistentes a procurar atendimento médico, mesmo diante de sinais de alerta.


Essa negligência tem impacto direto na expectativa de vida. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023 os homens brasileiros viviam, em média, 73,1 anos — 6,6 anos a menos que as mulheres, cuja expectativa de vida chegou a 79,7 anos. A diferença evidencia um abismo comportamental em relação à prevenção e ao autocuidado.


O afastamento do público masculino dos serviços de saúde também é apontado pelo Ministério da Saúde. Dados da pasta indicam que apenas um em cada quatro atendimentos da atenção primária do SUS, entre adultos de 20 a 59 anos, é realizado com pacientes do sexo masculino. Na maioria das vezes, os homens só procuram auxílio médico em situações de urgência, quando o quadro clínico já se agravou.


com sintomas ou histórico familiar de câncer colorretal.


“O clínico geral tem papel central nesse processo, pois é ele quem orienta e encaminha o paciente para os especialistas necessários, como cardiologistas ou endocrinologistas. Atos simples de amor à vida, expressos pela prevenção, podem salvar nossos pais, filhos, avôs e irmãos”, conclui o Claudio.


A resistência dos homens em buscar ajuda médica tem raízes que vão além da saúde física. Normas culturais ainda associam masculinidade à autossuficiência e à negação da vulnerabilidade, o que dificulta o reconhecimento de sintomas e a adoção de cuidados preventivos. Essa postura, muitas vezes inconsciente, contribui para o afastamento dos homens dos consultórios e da própria escuta emocional.


A professora de psicologia da Estácio, Andresa Souza, explica que esse comportamento é resultado de uma construção social que precisa ser revista. “Desde cedo, muitos homens aprendem que expressar dor ou procurar ajuda é sinal de fraqueza, quando, na verdade, é um ato de responsabilidade. A psicoterapia pode ajudar a quebrar esse ciclo, incentivando uma relação mais consciente e saudável com a saúde física e emocional”, afirma.



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