Por: Cleber Sena - 26/05/2025.
Com foco na valorização das espécies nativas e na promoção da educação ambiental no semiárido, o Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA/Univasf) promoveu, no último dia 17 de maio, dois cursos de capacitação gratuitos no município de Curaçá (BA). As atividades aconteceram no CETEP Maria de Almeida Araújo e reuniram moradores, estudantes e produtores rurais interessados em práticas sustentáveis ligadas à coleta de sementes e produção de mudas.
Os cursos integraram a agenda do Projeto RE-Habitar Ararinha-Azul, iniciativa que alia conservação ambiental e fortalecimento comunitário nos territórios de ocorrência da ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), espécie símbolo da biodiversidade regional. A programação contou com dois módulos presenciais ministrados pelos ecólogos e pesquisadores do NEMA, a Dra. Daniela Vieira e o pós Dr. Fábio Socolowski: das 8h às 12h, os participantes aprenderam técnicas de coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes da Caatinga; e das 13h às 17h, o foco foi na produção de mudas de espécies nativas, com orientações práticas e certificação ao final.
De acordo com o coordenador do NEMA, o professor Dr. Renato Garcia, iniciativas como essa têm um papel estratégico na construção de uma nova cultura de cuidado com o meio ambiente: "capacitar pessoas para lidar com as sementes da Caatinga é semear conhecimento, pertencimento e responsabilidade ecológica. Estamos formando agentes locais capazes de contribuir diretamente com a recuperação ambiental e a conservação da biodiversidade em seus próprios territórios. Esse é o espírito do Projeto RE-Habitar: cuidar da fauna, da flora e das pessoas”, ressaltou Renato.
O Projeto RE-Habitar Ararinha-Azul é executado pelo NEMA/Univasf, e atua na recuperação de 200 hectares de áreas de degradadas da Caatinga na Área de Proteção Ambiental (APA) e Refúgio de Vida Silvestre (RVS) da Ararinha Azul, em Curaçá (BA). É desenvolvido no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e financiado com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) é o órgão implementado; o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) é o órgão executor financeiro, e a gestão administrativa do projeto é realizada com a participação da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento (Fade), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Mais informações sobre as ações do Projeto RE-Habitar podem ser acompanhadas pelo perfil no Instagram @nema.rehabitar e no site nema.univasf.edu.br.
Ascom
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