O prefeito petrolinense e pré-candidato a governador Miguel Coelho tem pela frente não apenas o desafio de fazer com que o trabalho que anda desenvolvendo em Petrolina seja conhecido por um número maior de pernambucanos, mas também de garantir uma musculatura política superior a de Raquel Lyra e Anderson Ferreira, seus adversários no campo político oposicionista que se uniram e estão percorrendo o estado com o apoio de outras lideranças de expressão como Daniel Coelho, André Ferreira, Armando Monteiro, entre outros.
Miguel, que em um passado recente ganhou um fôlego e tanto na disputa com o anúncio da fusão entre DEM e PSL, que resultou no União Brasil, o que lhe assegurou abrigo em um partido que reunirá o maior tempo de televisão entres as siglas e um caixa volumoso do fundo eleitoral, tem na união do PSDB, PL, PSC e Cidadania entorno de Raquel e Anderson uma concorrência de peso. Quando o assunto é equação política, esse conjunto de forças não é apenas a soma de partidos, mas a representatividade que que cada uma dessas lideranças simbolizam no tabuleiro político pernambucano.
Enquanto Miguel traduz a força e liderança inconteste do Sertão do São Francisco, Raquel comanda Caruaru, maior colégio eleitoral não apenas do Agreste, mas de todo o interior do estado; Anderson está a frente de Jaboatão, segundo maior eleitorado pernambucano; Daniel possui forte liderança no Recife; André Ferreira tem liga com o segmento evangélico e Armando Monteiro carrega o currículo de ter sido o candidato a governador da oposição nas últimas duas eleições. Enquanto eles já têm à disposição nomes para montar uma chapa majoritária competitiva, Miguel não dispõe no momento de quadros para a vice e o Senado.
Do ponto de vista não apenas partidário, mas de representatividade política, Miguel precisa sair do isolamento. Necessita urgentemente atrair lideranças de peso. Corre a informação de que Wolney e Zé Queiroz do PDT, com a possibilidade de um dos dois ocupar a vice na chapa encabeçada por Miguel, estariam no radar. Outro nome comentado é o do ministro do Turismo Gilson Machado Neto para o Senado. O problema desta equação é que a chapa ficaria sem representatividade feminina, indo de encontro a uma tendência apontada por pesquisas qualitativas.
A tarefa para Miguel Coelho não é fácil. Ele, que tem se mostrado como um quadro político bastante promissor, precisa urgentemente avançar nas costuras. Caso contrário, corre o risco de ser atropelado por Raquel e Anderson pelo menos quando o assunto é a construção de uma forte coalizão de lideranças políticas.
(Por Wellington ribeiro - Blog do Ponto de Vista)
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