Gráfica alvo da Operação "Casa de Papel" teria pago dívida de campanha de R$ 500 mil de Fernando Bezerra Coelho e Fernando Filho. Revelação foi feita por representante da Gráfica à Polícia Federal.
Depoimento prestado pelo representante comercial da Gráfica UNIPAUTA, Bruno Cristiano, à Polícia Federal, no Inquérito nº 4.513, a que o Blog da Noelia Brito teve acesso, traz uma revelação bombástica sobre o uso das empresas do empresário Sebastião Figueiroa, que foi alvo da Operação Casa de Papel, da Polícia Federal e da Operação Rip Stop, do DRACCO, para pagamento de dívidas de campanhas de políticos.
O Inquérito nº 4.513 foi instaurado por requisição da Procuradoria-Geral da República, com o objetivo de aprofundar as investigações acerca dos fatos noticiados por João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho (Termos de Colaboração nº 1, 2, 3, 10 e 16), Eduardo Freire Bezerra Leite (Termo de Colaboração nº 1) e Arthur Roberto Lapa Rosal (Termo de Colaboração nº 1), investigados que tiveram acordos de colaboração premiada homologados pelo Supremo Tribunal Federal, nos autos da Petição nº 6601/DF. As delações feitas pelos chamados "laranjas do jatinho" de Eduardo Campos e que ainda tem vários de seus Termos em sigilo, deu ensejo à Operação Desintegração, da Polícia Federal, onde o depoimento de Bruno Cristiano foi colhido.
Bruno Cristiano foi alvo de buscas e apreensões autorizadas pelo Ministro Barroso, do STF, relator do Inquérito por ter sido um dos destinatários "de parte dos valores transferidos por João Carlos Lyra no ciclo de repasse de propinas."
No depoimento prestado à PF, o representante comercial da UNIPAUTA afirma não se recordar do porquê de ter recebido repasses do delator João Carlos Lyra, mas que provavelmente fora para pagar despesas de campanha de algum candidato que naquele momento não saberia definir que candidato seria o beneficiário do pagamento, pois prestava serviços para vários políticos.
O depoente, porém, revelou que na última campanha em que trabalhara para o senador Fernando Bezerra Coelho e para seu filho, o deputado federal Fernando Filho, "eles ficaram devendo R$ 500.000,00, onde ficou oferecendo diversos imóveis para pagamento, tendo sido pago tal valor através da UNIPAUTA, onde conversaram o declarante, o dono de tal gráfica, SEBASTIÃO FIGUEIROA, e o senador FERNANDO BEZERRA, onde restou acertado que a gráfica pagaria tal valor, de forma escalonada, até a quitação total do débito e que o senador e o dono da empresa iriam acertar posteriormente tal valor, não sabendo como foi tal acerto".
Por: Noélia Brito.
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